25/01/07

A D. Lurdes e o galo de Barcelos, por Óscar Galo

A D. Lurdes anunciou um prémio para o “melhor professor” no valor de 25 000 euros a atribuir por um júri presidido por Daniel Sampaio. Segundo o «Público», a ideia é copiada da Inglaterra (então a Finlândia?), onde são atribuídos como se fossem uma espécie de Óscares com transmissão televisiva e tudo: os UK Teaching Awards
A presença do psiquiatra é risível. A instituição do prémio mostra como a D. Lurdes pretende, com 25 000 euros, branquear o dano imenso que causou ao país ao acusar de forma irresponsável e demagógica toda uma classe pelos males da pátria.
A história da irresponsabilidade da D. Lurdes conta-se assim: certo dia, chegou ao ministério com uma arrogância missionária e semeou um vendaval. Estava tudo mal! A D. Lurdes, a iluminada da sociologia das organizações, tinha a solução para meter tudo nos eixos. A culpa era dos preguiçosos dos professores. Ela tinha a determinação, a visão, o saber e o sentido de missão. Uma era nova foi prometida. A D. Lurdes disparou em todas as direcções. Imaginem uma cozinha desarrumada quando a sogra chega para passar o fim-de-semana. Ao chegar, põe defeito em tudo, arroga-se especialista em arrumação de cozinhas, e declara a necessidade de pôr fim àquela vergonha: dinamite! Booom! Vai tudo pelos ares. No fim, enquanto a poeira ainda mal se esvaneceu, a D. Lurdes aparece sorridente, acompanhada pelo servil Sampaio e pelo inefável Valter, com um galo de Barcelos para pôr em cima do frigorífico!

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