17/07/07

Mãezinha, não me mates que sou tua filha, por Jim Tónico

Era uma vez um país fadista pequenino nhec-nhec chamado Portugal que vivia formoso e posto em sossego e sonhava com milagres das rosas. Subitamente (tcharân!!!), por causa do petróleo, o país foi invadido pelos bárbaros do ocidente oriundos de um país enoooooooorme chamado América. Na América viviam as hordas da tribo dos Cámones, guerreiros terríveis e impiedosos, que espalhavam o terror onde passavam, na sua fúria expansionista e ânsia de poder e petróleo. As gentes do resto do mundo não podiam sossegar nas suas pacíficas e harmoniosas vidinhas (óóóóóh...), constantemente sobressaltadas pela ameaça sempre pendente dos famintos Cámones, então liderados pelo impiedoso Grande Chefe Bush Em Pé. Foi então que, qual praga bíblica de gafanhotos, os Cámones ocuparam Portugal com os seus cavalos de ferro, as suas metralhadoras, os seus pastores evangélicos e os seus mísseis, não deixando pedra sobre pedra (“O horror! O horror!”). Depois de violados todos os homens com menos de quarenta anos e todas as ovelhas sem distinção de idade, foi toda a gente fuzilada num pavilhão gimnodesportivo. Feito isto, que demorou três dias, duas noites e seis horas, os Cámones encheram o desafortunado país com torres metálicas que chuparam o petróleo todo. Quando o petróleo acabou, os Cámones desmontaram as tendas e foram-se embora.

O Fim

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