14/10/12

Uma ida à casa de banho na República Chega ou Podemos sempre contar com nuestros hermanos, por Kadlek

Há um mês acordei na República Checa, num sítio onde não conseguia encontrar uma palavra familiar, onde temos bonitas frases como “Jeho tištěná podoba je zpravidla čtvrtletně k dostání ve vsetínském knihkupectví Malina, které se podílí na jeho vydávání”. E não, não faço ideia do que isto significa: copiei a frase do primeiro site checo que encontrei. Acreditem em mim: só depois de “acordar” num sítio assim é que entendemos verdadeiramente a importância da nossa língua.
Estou num restaurante e quero ir à casa de banho. Não há nenhum símbolo indicativo. Tenho apenas duas portas: numa está escrito “muži“, na outra “ženy“. E agora? Entro na dos/das muži“ ou na dos/das “ženy“? Arrisco-me a entrar na casa de banho do sexo oposto? Espero até voltar para casa?
Poderia ser uma situação desagradável. Felizmente consegui gerir a situação com a maior habilidade. Já adivinharam? Exacto: o que fiz foi dizer com toda a confiança que “ženy“ significava “homens”. Depois, deixei o espanhol que me acompanhava ir à frente. Afinal de contas tinha 50% de probabilidades de acertar. Falhei, claro.
Foi pior para o espanhol que para mim, confesso. Limitei-me a ouvir o berro da senhora quando ele entrou na casa de banho enquanto ria às gargalhadas com a cara dele. E nunca mais me esqueci que muži“ significava homens“. Ah… e que no dia em que tiver uma casa de banho na própria empresa vou, sem dúvida, optar por um símbolo que seja interpretável universalmente!

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